domingo, 5 de maio de 2013

Processo de Evolução entrevista Flip, SuspeitoUm​Dois




O blog Processo de Evolução entrevistou  o rapper Flip, do grupo SuspeitoUm​Dois. O rapper nos falou um pouco sobre sua trajetória e de onde surgiu o nome do grupo que é uma das grandes referencias do rap baiano.  Confira a entrevista abaixo.




1- Onde começou sua trajetória no rap?
Conheci o Rap aos 12 anos em Curitiba/PR, minha terra natal, mas só vim atuar como artistas do gênero há uns 4 anos, já em Salvador/BA.


2- Porque decidiu fazer rap?
Eu não decidi. (rsrs) A gente não manda no coração, não escolhe quem vai amar. 


3- Você lembra o primeiro rap que compôs? se sim, diga qual e onde achou inspiração para a letra.
Sempre estou escrevendo, tenho milhares de letras espalhados por blocos de notas, notebook, pc, celular, cadernos. Sempre fui assim, então não sei bem qual foi a primeira composição, mas lembro do primeiro Rap que gravei: Foi uma participação na música 'Quem passou é que bota fé' do próprio SuspeitoUMDois, quando ainda não fazia parte do grupo.


4- um rap que pode te descrever.
Auto-Definição é uma tarefa bem árdua, mas me vejo sim refletido em algumas algumas músicas como "Leave me alone - Tech N9ne" e "Agora chora - Gutierrez".


5- um rap seu que significa algo para você, diga o que, e o porque
Todos os sons que concebemos são como filhos, são igualmente amados e lotados de sentimentos. 


6- qual o seu grau de envolvimento em batalhas de mc
Sou admirador do freestyle. Faço parte do público nesse caso.


7- esta com algum projeto atualmente, se sim, fale um pouco sobre ele
Estamos focados em expandir a área de atuação do SuspeitoUmDois, tendo como foco espalhar o material já produzido (2 albuns e 2 clips). Em 2014 lançaremos nosso 3º trabalho, ainda sem nome.


8- qual sua opinião sobre o rap universitário.
Eu sempre vi nos rótulos uma maneira de segregar, portanto nunca me agradaram muito. Eu divido o Rap em duas categorias: Bom e Ruim, então não me prendo muito a esse papo de ser 'gangsta, underground, universitário etc.' até porque isso gera mais e mais esteriótipos dentro do nosso segmento musical. O que os caras tão chamando aí de 'Rap Universitário', creio que seja aquele tipo de Rap feito sem a preocupação de abordar mazelas sociais etc. Enquanto artista, respeito e reconheço que há público, então é válido.


9- um rapper baiano que voce gostaria de gravar um som.
Até o momento estou realizado neste sentido, pois já tive a honra de produzir algo com o Victor Haggar, Binho, Snow e Maurício MDN, caras que realmente desenvolvem algo que chama minha atenção..


10- de onde surgiu a ideia do nome ''suspeitoumdois''?
Surgiu casualmente, do dia a dia. A gente não parou pra pensar e.. pronto: "O nome vai ser esse." O nome SuspeitoUmDois surgiu quando a gente tava na rua, voltando de um rolê de skate na praça central de Correntina. Fomos abordados pela polícia do Cerrado que, gentilmente, jogou nossos pertences no chão e nos dirigiu impropérios, seguidos de agressão física e piadinhas de mau gosto. Sendo que uma delas deu origem ao nome do grupo: O fardado revistou, falou, bateu e no final mandou a gente correr, dando 10 segundos pra sumirmos da frente deles, senão a gente ia apanhar de verdade, pois “era tudo suspeito”. Então, na sagacidade de todo suspeito, no “1,2...” a gente correu, nem tava mais lá. No dia seguinte já se ouvia falar na cidade: -“ Aí, véi. Se é suspeito é 1,2... corre, vagabundo!”.


11- na sua trajetória do rap, o que você definitivamente não faria?
1º - Parar. Isso só na hora de Deus.
2º - eu também não iria de encontro às coisas que me deixam confortável em relação ao nosso trabalho. Tipo.. Existe um grande diferença entre 'vender o seu produto' e 'se vender'. Logo, por mais que a gente invada outros ambientes e atinja novos tipos de público com nossa música, jamais será por conta de uma mudança no nosso modo de agir, compor ou se apresentar. Isso jamais faria...


12- Fale um pouco sobre o processo de produção do Ep K-Taflã. 
O K-Taflã, ao contrário do BemSuspeito, foi todo produzido no nosso Home Studio. É composto por faixas bem mais intimistas  com sentido nem sempre explícito, a exemplo da própria faixa que dá nome ao EP. Achei bem legal o resultado, principalmente pelo fato de ter conseguido fazer algo diferente mais uma vez. Assim como rolou no BemSuspeito, no K-Taflã você também não consegue encontrar semelhança entre as faixas, cada uma tem uma identidade única, característica que sempre foi bem marcante nas coisas que a gente fez até hoje.
O EP foi idealizado pra ser virtual mesmo, com o objetivo de estreitar nosso contato via internet com o pessoal que curte o som e, dessa forma, facilitar bem mais a interação entre nós.





Veja o vídeo da faixa Buscando Inspiração do grupo 




Um comentário: